Alfredo Stéfano Di Stéfano Laulhé (4 de julho de 1926 - 7 de julho de 2014) foi um jogador e treinador de futebol profissional argentino, considerado um dos melhores jogadores de futebol de todos os tempos. Apelidado de "Saeta rubia" ("Flecha Loira"), ele era um atacante poderoso, rápido, habilidoso e prolífico, com grande resistência, versatilidade tática, criatividade e visão, que podia jogar em quase qualquer lugar do campo. Ele é mais conhecido por suas conquistas no Real Madrid, onde foi fundamental para o domínio do clube na Copa da Europa e na La Liga durante a década de 1950. Ao lado de Francisco Gento e José María Zárraga, foi um dos três únicos jogadores a participar nas cinco vitórias, marcando golos em cada uma das cinco finais. Di Stéfano jogou futebol internacional principalmente pela Espanha depois de se mudar para Madrid, mas também jogou pela Argentina e pela Colômbia.
Di Stéfano começou sua carreira no River Plate argentino aos 17 anos, em 1943. Para a temporada de 1946 foi emprestado ao Club Atlético Huracán, mas voltou ao River em 1947. Devido a uma greve de futebolistas na Argentina em 1949, Di Stéfano foi para joga pelo Millonarios de Bogotá no campeonato colombiano. Ele ganhou seis títulos da liga durante os primeiros 12 anos de sua carreira na Argentina e na Colômbia. Após a sua contratação pelo Real Madrid, tornou-se parte integrante de uma das equipas de maior sucesso de todos os tempos. Ele marcou 216 gols no campeonato em 282 jogos pelo Real (então um recorde do clube), firmando uma parceria de sucesso com Ferenc Puskás. Os 49 gols de Di Stéfano em 58 partidas foram o maior número de todos os tempos na Copa da Europa. Desde então, o recorde foi superado por vários jogadores, tendo Raúl, do Real Madrid, feito o primeiro em 2005. Di Stéfano marcou em cinco finais consecutivas da Taça dos Campeões Europeus pelo Real Madrid entre 1956 e 1960, incluindo um "hat-trick" na última. Talvez o destaque de sua passagem pelo clube tenha sido a vitória por 7–3 sobre o Eintracht Frankfurt na final da Copa da Europa de 1960, em Hampden Park, um jogo que muitos consideram a melhor exibição de futebol de clubes já testemunhada na Europa. Mudou-se para o Espanyol em 1964 e jogou lá até se aposentar, aos 40 anos.
Di Stéfano foi premiado com a Bola de Ouro de Futebolista Europeu do Ano em 1957 e 1959. Ele é atualmente o sexto maior artilheiro da história da primeira divisão espanhola e o terceiro maior artilheiro de todos os tempos do Real Madrid na liga. É o maior goleador do Real Madrid na história do El Clásico, ao lado de Cristiano Ronaldo. Em Novembro de 2003, para celebrar o Jubileu da UEFA, foi eleito Jogador de Ouro de Espanha pela Real Federação Espanhola de Futebol como o jogador mais destacado dos últimos 50 anos. Ele ficou em quarto lugar, atrás de Pelé, Diego Maradona e Johan Cruyff, em votação organizada pela revista France Football que consultou os ex-vencedores da Bola de Ouro para eleger o Jogador de Futebol do Século. Em 2004, foi nomeado por Pelé na lista FIFA 100 dos maiores jogadores vivos do mundo. Em 2008, Di Stéfano foi homenageado pela UEFA e pelo Real Madrid com um prémio especial de Presidentes emitido pela FIFA numa cerimónia em Madrid, onde também foi inaugurada uma estátua. O então presidente da UEFA, Michel Platini, chamou Di Stéfano de "um grande entre os grandes", enquanto os contemporâneos Eusébio e Just Fontaine sugeriram que ele era "o jogador de futebol mais completo da história do futebol".
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